COMENTÁRIOS
DE ALAN WATT (Exemplo de Conversa Educacional):
"Uma Causa Comum e Caminhando Juntos"
18 de abril de 2007
Direito Autoral de Diálogo de Alan Watt – 18 de abril de 2007 (exceto
música e citação literária)
WWW.CUTTINGTHROUGHTHEMATRIX.COM
Olá pessoal! Sou Alan Watt e este é
cuttingthroughthematrix.com. Estou espantado de como o tempo voa! Hoje em
dia nunca temos o tempo de que necessitamos.
O site europeu está caminhando positivamente. Os
tradutores estão participando bastante; algumas transcrições, feitas
inicialmente, já foram traduzidas a diversos outros idiomas europeus, e há
muitas mais sendo terminadas a qualquer momento. Tudo isso contribui
muito para cumprir com os prazos dos trabalhos, os quais já estão bem
esticados, considerando que há um único homem trabalhando aqui desse lado. Uma
vez que já esteja tudo funcionando, espero ter outra pessoa coordenando toda
essa parte.’
Tenho recebido muitíssimas cartas e e-mails (o que requer um montão de tempo para por tudo em dia) de pessoas de diferentes origens e idades, todos lutando para defender seu espaço, sua cultura e seu sexo; todos com os mesmos tipos de problemas. O mundo tem sido eficientemente isolado; diferentes povos do mundo e indivíduos têm sido isolados entre si e cada grupo tem sido segregado dos demais de forma crescente conforme vai passando o tempo. Tudo é feito de maneira científica, conforme, há muito tempo, prognosticou Bertrand Russell. O efeito disso se reflete ao nosso redor, porque este não é um fenômeno que não pode ser compreendido, pois não é algo novo. O grupo de elite dominante está sempre conjeturando sobre o que devem fazer para que as coisas sejam ainda mais fáceis para eles mesmos se manterem no topo, enquanto manipulam todo um mundo na direção de um novo sistema, forma de vida e de fazer as coisas. Utilizam professores de história antiga e filosofia para ensinar em suas conferencias, dirigidas a especialistas que trabalham nessas matérias, a compreender como os antepassados atuaram em sua época com relação a aspectos culturais e outros assuntos, assim, como dizia Platão, se você compreende o passado você aprende uma fórmula. Quando você introduz os mesmos aspectos utilizados em culturas passadas uma e outra vez, as pessoas irão responder exatamente da mesma maneira que antes. Isto é o se conhece por fórmula. O que quer que tenha sido feito no passado pode ser trazido à tona outra vez, a qualquer momento, para novamente ser experimentado, causando os mesmos efeitos de então. Não se diferencia muito da prática dos cientistas quando experimentam com animais com distintos padrões de comportamento, para avaliar como eles reagem a determinado estímulo. A mesma coisa é feita com pessoas, no estilo da mais antiga aplicação científica.
Temos vivido um longo, longo período em um mundo
imperialista. Em tempos remotos existiam as cidades-estado – onde se deu o
começo da luta. Platão dizia que transformariam aquelas cidades em
colméias, cujo conceito artificial consiste em agrupar pessoas para viverem
juntas, para então empurrá-las juntas a um sistema artificial – que necessita
dinheiro para funcionar. Não existe cidade sem uma moeda ou comércio de
troca. É preciso um lugar para negociar a troca de mercadorias. O melhor
lugar para isso são as cidades por que elas não têm produção própria, mas sim
burocratas, sistemas e forças armadas, de modo geral. Então, eles
determinam que as cidades-estado lutem umas contra as outras, erguendo, com a
ajuda de cada guerra, seus respectivos impérios. O mundo vem funcionando
assim por muito tempo, por milhões de anos. Tudo se resume em guerras e
construção de impérios até que chegamos ao nossos dias, em que clamam, talvez
prematuramente, vitória por terem desenvolvido um sistema de governo mundial
organizado e bem estabelecido. É verdade que, economicamente falando, o
sistema global mundial está organizado com diferentes departamentos de executivos
e burocratas distribuídos pelo mundo através do GATT (Acordo Geral Sobre
Tarifas e Comércio). Não se esqueça que os livros de economia ensinam que os
economistas, ou a economia, manda no mundo. Cada país, com suas
respectivas leis, circula em torno do sistema econômico. Tudo gira em torno da
economia, baseada em dinheiro, empréstimos e débitos. E todas as leis
circulam ao seu redor.
Uma vez que os países começam a se integrar em
pequenos blocos, devem adaptar suas próprias leis e sua própria ciência ao sistema
que acaba de ser criado para todos eles. Todas as suas leis mudarão; não
é mais possível manter leis individuais nesse novo sistema. Tudo está
integrado, exatamente como aconteceu com a fusão Norte Americana, quando esta
foi finalmente anunciada, sem muita fanfarra, em março de 2005, que foi quando
firmaram o acordo. Já não se pode separar o Canadá, os Estados Unidos e
México quando as forças de segurança e inteligência desses países foram
fusionadas em uma única força. O sistema econômico sempre dependeu da discrição
entre as nações e suas corporações nacionais atuantes. As corporações
nacionais não existem, agora elas são internacionais, podendo integrar os
sistemas de segurança, seus usuários e impostos, em sistemas únicos de taxação
– os quais também estão sendo integrados. Todas as leis que governam
todas as nações estão agora integradas, até que você já não tenha, a não ser
por televisão, um país independente. Eles agitam suas bandeiras até onde
querem taxar você para guerras e afins, para depois disso anunciar: “Vocês
todos, agora, fazem parte de um grande bloco Norte Americano.” E é assim
que a coisa toda funciona.
Na mídia autorizada vemos muita discussão sobre
as incertezas a respeito da China e Índia – conhecidas como os dois grandes sistemas
emergentes do “futuro próximo”. De fato, este futuro já está aqui, embora
inicialmente a China fosse programada para ser a principal produtora do
planeta, visto que a Índia não se dedica muito a esta atividade. Este
país possui a maior classe-média do mundo, algo que eles não divulgam muito,
pois querem que você pense que todo mundo ali vive amontoado em algumas
cidades. Possui uma população enorme e, devido a esse fato, a segunda maior, ou
maior, concentração de classe-média do mundo (e segunda maior população). Dessa
forma, a maior indústria atuante na Índia é, de fato, indiana. Eles
exportam pessoas qualificadas principalmente nos campos burocráticos e médicos.
A Grã-Bretanha não se retirou da Índia até estabelecer seu clone, pautado em
seu sistema burocrático, que faz parte do acordo assinado com o Instituto Real
de Relações Internacionais e o Conselho de Relações Exteriores, a CFR.
Estas instituições não abandonam um país, ao qual eles tenham invadido, até
verem estabelecidos nele uma pequena estrutura formada por burocráticos
representantes da classe-média, as famílias burocráticas, que serão um
verdadeiro clone do país invasor. Assim será também para o Iraque, e
qualquer outro país que eles escolham invadir.
Voltando ao motivo pelo qual comecei a divagar
sobre estes temas, este tem sido um longo e cansativo dia, então, perdoem-me se
eu divago muito. Professores e historicistas são tragados por estes
especialistas, dando palestras a grupos de oficiais burocráticos sobre o que se
deve esperar do futuro próximo. Todos nós temos vivido dessa maneira, nós
que nascemos no último século somos muito, muito velhos, porque assistimos à
transição do antigo sistema industrial e como as pessoas viviam na era
industrial. Ao mesmo tempo, durante algumas gerações, as pessoas estavam tão
agradecidas por deixar a escola e ir diretamente ao mundo dos negócios e
indústria, que parecia que conseguir um trabalho fixo fosse um feito heróico –
o que geralmente indicava um salário escravista, ainda que existissem diferentes
categorias de pagamentos. Essas gerações pensavam que não havia nada mais
gratificante que conseguir um trabalho fixo em alguma tediosa fábrica, ou o que
o valha. Então, por volta dos anos 70, começaram os choques sociais; nos
80, “não espere conseguir um trabalho fixo; possivelmente, você vai necessitar
de dois ou três trabalhos...” e tampouco espere fazer carreira na empresa
porque, muito provavelmente, ela vai fechar antes que você receba sua tão
merecida promoção. Mas eles sabiam disso, porque já estava tudo programado.
Isso já estava previsto quando, em 1945, foram assinados os tratados de
desindustrialização.
Passamos pela geração “X”, e outras mais
esquecidas das páginas da história. Assistimos à proliferação de drogas
impulsionada e promovida pelo poder vigente durante os anos 60, 70, 80 e 90,
porque se você quer uma sociedade dócil, confundida e perdida durante os
períodos de grandes mudanças, você deve enfiar drogas nessa sociedade a maior
parte do tempo possível, transformando seu consumo em algo popular e,
obviamente, desprezível. Se você é jovem, você tem que fazer algo
desprezível. Há a indústria da música e todas as revistas dando suporte
ao tema, tudo para uma boa promoção para meter você no mundo das drogas. O
que você realmente está contemplando é uma técnica de guerra, guerra ao
público, criada para conduzi-los às maiores mudanças, sem que haja qualquer
tipo de reação contra aqueles que as está promovendo e planejando.
O braço comunista da elite, pelo menos, escreveu
muitos livros sobre fórmulas e estratégias para serem usadas para isolar as
pessoas umas das outras, gerações de gerações e homens de mulheres. Seus
métodos obtiveram grande sucesso, e não é por que eles eram incrivelmente
geniais, ou por que se serviam de uma bola de cristal para predizer o que
queriam, mas sim porque, uma vez mais, utilizavam professores de história e
filosofia... Sabiam que se começassem doutrinando crianças desde a fase
escolar, seria mais fácil para manipulá-las contra seus pais. Também sabiam
que podiam colocar homens contra mulheres e mulheres contra homens e, uma vez
completada esta fase, podiam ir mais além isolando também grupos de pessoas.
Enquanto se rivalizam uns com outros, vai soando aqueles repetitivos slogans,
com o claro objetivo de estancar o pensamento consciente e racional.
Você encontrará na história da decadência dos
grandes impérios, o surgimento desses mesmos sintomas. Basta compreender
os sintomas da queda de um império, para entender a fórmula da sua decadência,
ou da decadência de qualquer outro antigo sistema. Vimos, na decadência da
Roma Antiga, quase um reflexo da decadência da Grécia Antiga, onde os esportes
foram elevados às máximas categorias, na tentativa de fazer com que o vasto
populacho entretivesse a elite, dando-lhes, assim, heróis para seguir, o que,
na verdade, não afetaria suas vidas muito além disso. Nada de bom que
verdadeiramente mudasse suas vidas aconteceu. Grandes mudanças aconteceram ao
seu redor enquanto eles se divertiam assistindo às competições esportivas. Isso
também servia para segregar o homem da mulher porque o homem e a mulher juntos,
mesmo na unidade familiar, é o mais parecido ao que se conhece pelos primórdios
do sistema tribal. Um sistema tribal é difícil de ser controlada por qualquer
elite externa a este sistema porque, na tribo, eles dão suporte uns aos
outros. O grupo estará sempre ali quando um ou outro membro do grupo
estiver em apuros.
A idéia do controle totalitário é estar seguro de que
ninguém defenderá a mais ninguém, então, os governos e autoridades poderão
ditar suas ordens diretamente às mais baixas células sociais, sem enfrentar
nenhum tipo de resistência. Esta pequena célula social pode procurar por
todos os lados, mas não vai encontrar ninguém, porque estão todos muito
ocupados com seus próprios assuntos, e ela se verá sozinha. Nisto consiste
um sistema totalitário. E mais, se você observa os sintomas de tempos
remotos, você encontrará a promiscuidade sexual elevada a seu extremo. Não
há nada de novo em tudo isto, com exceção das ciências que acompanham esse
processo desenvolvendo pílulas, favorecendo abortos e alguns tipos de doenças
venéreas que poderiam desaparecer ou, pelo menos, impedir sua propagação
através de alguns tipos de antibióticos. Todo o mundo se está devorando,
seja através das competições esportivas, de frivolidades sexuais ou em busca de
extremo prazer, desenvolvendo todo tipo de desvios comportamentais. Vimos
exemplos disso na Grécia e Roma Antigas. Os homens estavam muito
preocupados com eles mesmos, com sua beleza física e em ser o macho
guerreiro. As mulheres veneravam a Deusa Diana, além de elas
mesmas. Uma vez que homem e mulher estão separados, o passo seguinte é
encorajar o narcisismo. As incríveis tendências narcisistas se
desenvolvem por pessoas que veneram a si mesmas. É impressionante, uma
impressionante insensatez, que leva qualquer um à mais profunda decadência, sem
se importar com as conseqüências sobre os filhos que estão tentando
crescer. Tudo fórmula. Neste momento, sem dúvida, estamos na fase
do narcisismo.
Quando você separa uma pessoa do seu pequeno grupo
familiar ou tribal e promove sua doutrinação, que é quase uma religião de
auto-veneração, você está assegurando que ela vai ignorar e tratar com
indiferença todas as demais coisas que são realmente importantes e que estão
acontecendo ao seu redor. Vemos isso ocorrer todo o tempo. O homem
atingiu tal estado que não sabe nem mais quem ele é. Não há mais
verdadeiros papeis e modelos a seguir. A unidade familiar, se é que isso
ainda existe, não funciona ou é constituída por pai ou mãe solteiros. Há
ocurrido uma guerra contra a sociedade e, aqueles envolvidos, nem mesmo sabem
disso; mas todos sabem que houve uma queda e disfunção dessa unidade.
Se você se dedicasse a ver televisão todos os dias, mesmo durante
o período de depressão, como fez a Grã-Bretanha nos anos 70 e 80, você jamais
se daria conta de que a depressão estava ali. Isso acontece porque as notícias
são cientificamente manipuladas, tal qual um bizarro método de cinema
fantástico, ou seja, surreal, que oferece todo tipo de demonstração circense no
que costumam chamar de “notícias”, passando do trivial a historinhas
engraçadas, junto com outras em que aparecem pessoas sendo bombardeadas em
algum lugar distante. Elas estão sempre ali, misturadas com notícias esportivas
e o mundo da fama hollywoodinense, tudo ao mesmo tempo, em contraste com o
fechamento de indústrias, fábricas e negócios e o pronunciamento, em tom
lúgubre, da demissão de funcionários na última hora do dia feito sem qualquer
aviso prévio. Então, partem para a próxima parte de banalidades. Tudo
muito normal.
Agora que já foi dito tudo isso – o que fazer?
Não é apenas uma questão de contrariar, mas sim de como você pode mudar o
estado de coisas em uma direção à qual a elite não espera que você siga e que,
definitivamente, não quer que você siga? O que eles esperam que você faça? O
que a elite planejou, que é o que está acontecendo agora, é criar terror dentro
da sociedade para mais facilmente poder controlá-la. Sim, é assim que acontece;
realmente, verdadeiramente. Pessoas mentalmente controladas esperando para
disparar o gatilho e tirá-los do caminho em algum animalesco festim, ou em
algum outro ato para aterrorizar as pessoas e chamar mais atenção da mídia.
Sempre com algum número oculto como o 32 ou o 33, além de três nomes
devidamente compostos – assassinos solitários sempre tem três nomes: o
primeiro, o nome do meio e o último nome. Basta observar todas aquelas pequenas
estórias que contam a seu respeito, a propósito de pequenos sinais indicativos,
tais como, as cores que usam, que costumam ser vermelho e negro, e etc.
Isso significa muito para o público, que imediatamente exige que algo seja
feito. Obviamente, há sempre um projeto de lei pronto para ser aprovado e posto
em prática, atingindo, assim, os objetivos da elite no comando e escondendo,
sob essa temporária aparência de autoridade dada a grupos e pessoas, a falta de
poder de decisão e autoridade que há muito lhes foi tirada. Esta é conhecida
com a técnica dialética, depois que todos foram separados de seus grupos para
pertencer a (autorizados, agora, e com status), seja este um grupo formado por
idades ou gênero, ou qualquer outro grupo, com seus devidos porta-vozes
oficiais que também foram autorizados para estar ali; é só recordar do formato
do sistema soviético. Os soviéticos tinham as ongs (organizações não
governamentais) que pretendiam falar em nome das pessoas para solicitar coisas
ao governo. O governo era o encarregado de eleger os líderes das ongs e
fundá-las, estando muito satisfeitos com sua função de aprovar leis a pedido
das ongs. É assim que funciona o jogo de enganar. No ocidente é a mesma coisa,
porque se trata do mesmo sistema.
Para rebater estas pessoas tem que haver superado sua
amargura e doutrinação de desagrado e ódio porque, na realidade, muitos deles
odeiam com paixão as respostas condicionadas. Eles foram condicionados com
novos preconceitos. Tiveram que ultrapassar as barreiras que permeiam a vida de
todos os que vivem agora e das futuras gerações. Agora, tudo está em jogo e
cruzar todas as barreiras está acima delas, o que serve para tudo, de fatores
raciais a todo o resto, porque todo mundo tem sido efetivamente neutralizado e
segregado até realmente perder seu poder.
Os líderes dessas pessoas não as levarão a nenhum tipo de liberdade. Ainda que
tudo do que falam gira em torno à liberdade, na verdade, acabam por guiá-las a
um novo tipo de curral de ovelhas, que está um pouco mais além no horizonte que
o curral que elas tem justo adiante e que considera seu inimigo. As pessoas tem
que voltar a se unir, para se levantar e poder confrontar toda a massiva
burocracia que temos arraigada a nossos cérebros. Temos que desviar de direção,
para outra que a elite não planejou. Eles adorariam que as pessoas fizessem uma
nova revolta. Na última semana, li um artigo no jornal britânico, The
Guardian, que o Ministério de Defesa da Grã-Bretanha, não apenas está
esperando, mas que de fato quer isso, pelo menos foi isso que entendi. Na
verdade, eles querem que aconteça uma revolta.
Eles querem que as pessoas reajam de uma maneira tradicionalmente exaltada,
algo com o qual eles são mestres em tratar no seu extremo. Temos que seguir uma
diferente vertente e não confrontá-los com a violência típica, com a qual eles
nos têm sempre sob controle, desde que nos designaram lideres em todas a
frentes, especialmente as violentas. Somente se nos uníssemos, seria possível
salvar o que vale a pena salvar, ou seja, a espécie que chamamos humana, os
seres humanos. Seria a completude de um ser humano, com todas as emoções
intactas, incluindo a habilidade de se cuidarem e protegerem mutuamente. Isto
não significa que nos tornamos estúpidos e baixamos a cabeça a psicopatas que
dizem as coisas “certas”. Temos que estreitar as distâncias e mostrar, como
costumo dizer, verdadeira compaixão ao outro por que este é o nosso mundo. É
tudo o que temos.
Aqueles que estão crescendo agora estão
enlouquecidos, pois não têm modelos a seguir. O estado os assumiu para dar-lhes
um papel e um modelo a seguir, o qual é incrivelmente depressivo para as
crianças, o mais jovens. Muitos deles não sentem que a vida é algo que vale a
pena viver. Eles mal começaram e já estão deprimidos. Assistem todos os dias a
pessoas brigando e discutindo. Vêem um mundo que, para os mais jovens, parece
ser branco e negro, onde não existem zonas cinzentas, somente o certo e o
errado. Eles vêem os chefões das grandes corporações saqueando o planeta, e não
se fazem de desentendidos sobre isso. Não vêem o mundo como um bom lugar para
se viver. Então, consequentemente, se afogam nas drogas para deixá-los ainda
mais confusos, e tentam escapar porque não tem suficiente cultura para
suportá-lo. O topo do poder compreende bem esta dinâmica.
É muito triste ver algumas das reservas indígenas
americanas. De vez em quando fazem algum especial televisivo sobre elas. A
cultura não foi somente destruída, mas eles tampouco têm memória do que ela
representa - ainda que, na verdade, não tenha passado tanto tempo - de tão
eficiente que foi a guerra que fizeram contra a história desse povo e contra
eles mesmos. Eles adotaram as piores coisas do ocidente que lhes foi oferecida,
tais como a televisão e a indústria da criação cultural. John Stuart Mill
e outros disseram muito tempo atrás, que certos povos não levariam isso adiante
por que eles não se adaptariam ao sistema econômico do homem branco. Vemos isso
acontecer com os índios americanos. Em algumas partes vemos crianças cheirando
gasolina ou cola dentro de sacolas de plástico para escapar. Para escapar do
quê? Do pensamento consciente, por que tudo o que vêem quando estão conscientes
é miséria. Isto é o que vêem para o futuro. Você pode transferir esta técnica
para todos os outros povos e culturas.
Enquanto as famílias constituídas pelos dois pais, ou apenas um deles,
estiverem correndo na tentativa de fazer todas as coisas que a mídia, as
revistas que lêem e os filmes que vêem, todo esse mundo de fantasia, disseram
que fizessem, eles estarão perdendo contato com seus filhos, que pensam que
estão crescendo em sua própria geração. E, ainda, sua própria geração também
tem sido abatida com uma propaganda niilista, intencionalmente, que produzem
dois efeitos: um deles é que eles poderão se tornar niilista por sua própria
conta podendo se tornar humildes, submissos e seres fragilizados ou, então,
poderão alistar-se nas forças armadas e juntar-se ao grupo dos vencedores, de
acordo com seu ponto de vista. Os garotos asteróides. Imagine, com aqueles
capacetes e trajes negros e tudo o mais. Isto é o que farão, tomarão um ou
outro caminho. O primeiro porque não podem encontrar nenhuma outra maneira de
respeitarem a eles mesmos e ganhar respeito dos demais, o segundo simplesmente
para ganhar respeito da sua “nova irmandade”, como se aquelas pessoas, os
autorizados, tivessem algum senso de fraternidade, de irmandade.
Já faz muito tempo que criaram a série de filmes do “Jornada nas Estrelas”,
dissimulado, no seu próprio estilo, porque havia muita gozação por detrás das
cenas feitas pela própria equipe produtora e por aqueles que a escreveram. É
interessante observar que aqueles tipos, os guerreiros do filme, os soldados,
realmente não tinham cara, por que eram completamente sacrificáveis, eram
apenas números. Não eram sequer pessoas ou nomes, são apenas números. Crescemos
nesta realidade. Crescemos assistindo a estudantes sendo mobilizados por seus
professores, não importa para quê (tem sido assim por muito, muito tempo,
reação, contra reação e solução). Temos visto eles se levantarem contra
as grandes reuniões de organizações internacionais que tratavam de roubar os
direitos de todo mundo, as grandes reuniões corporativas. Temos visto muita
desordem como resultado disso. Também vemos a militares alinhados a moda
policial robocop, exatamente como as personagens do Jornada nas Estrelas,
batendo seus escudos blindados, tal qual os Zulus, para fazer pressão
psicológica. Batem em uníssono, e partem para cima dos protestantes. Eles
atacam nossos próprios filhos, e nós simplesmente mudamos para o canal de
esportes, ou drama, ou qualquer coisa que nos faça escapar para mais fantasia,
já que viver no surrealismo significa não ter que lidar com a amarga verdade da
vida.
As forças armadas foram treinadas para atacar a seus próprios filhos, equipadas
com o dinheiro das nossas próprias taxas, isso por que estiveram protestando
pelo que é óbvio – um obvio erro. Mesmo quando eles realmente não compreendem,
mas foram incitados pelo CFR (o Conselho de Relações Internacionais) e
Instituto Real de professores, ainda assim, eles sentem que algo irá afetar
suas vidas está acontecendo, onde eles não tem direito de voz, e sabem que o
que está para acontecer não é algo bom, pelo menos não para eles. Chamamos isso
de civilização moderna.
Eu falei a esse respeito no dialogo da semana passada,
a propósito do Ministro de Defesa; eles estão preparados para estes distúrbios
relâmpagos, ou o que quer que eles chamam isso. "Distúrbios
Relâmpagos". Todos esses jargões elaborados pelos psicopatas, e que
funcionam como marca registrada, o fazem com duplo sentido. Onde estão os pais
durante esses protestos? Onde estavam? Se eles estão já tão destruídos
pelo tempo ao atingirem seus 35 e 40 anos e suas vidas parecem haver terminado,
eu não posso compreender isso. Se os pais simplesmente se desconectam
quando assistem aos jogos de bola e as mães no seus afazeres de
auto-endeusamento, então, quem põe todos esses pensamentos em suas mentes? Quem
lhes ensinou essa cultura, esse desvio de conduta? Aí voltamos à Grécia e Roma
antigas, e outros impérios ao longo do caminho.
Longe de ser um profeta da escuridão e destruição, estou tentando motivar as
pessoas para que comecem a se unir, munidas com informações fundamentadas, para
impedir e redirecionar os acontecimentos. Talvez, pela primeira vez na
história, por um longo, longo período de tempo, pelo menos, desde que o
dinheiro foi criado, vocês devem decidir a favor de vocês mesmos sobre a vida;
qual seu valor, seu propósito? Seria simplesmente seguir adiante dentro de um
sistema que nos foi ensinado, um único tipo de sistema em que, para cada vencedor,
deve haver um milhão de perdedores. É para isso que serve a vida? Estas
perguntas devem ser feitas. Elas devem ser debatidas. Todas as barreiras que
foram criadas e intensificadas, deliberadamente, devem ser derrubadas por
aqueles que serão os primeiros a cruzá-la, e que estão dispostos a isso. Isso,
gradualmente, já vem ocorrendo. Logo, as notícias não são tão más assim por
que, gradualmente, algo já vem acontecendo. É muito melhor falar e discutir a
respeito disso agora que podemos fazê-lo sem pânico, medo ou terror, que
esperar um amargo fim, evitando o que o Ministério da Defesa britânico espera
de nós, ou seja, pânico e reação, como animais desesperados.
Isto é tudo por hoje; foi uma rápida conversa, como
sempre. Este dia tem sido muito cansativo, como tem sido todos os
dias. Perdoem-me se pareço cansado, ou se divago um pouco. Para meu
cachorro, Hamish, e para mim, será uma boa noite, e também será para o teu Deus
ou Deuses ou, pelo menos, que o lampejo de algum tipo de paz esteja com você.
Eu sei que você está aí em algum lugar (“I Know You’re
Out There Somewhere”)
Eu sei que você está aí em algum lugar
Em algum, algum lugar
Sei que de algum modo vou te encontrar
De algum modo, algum modo
E de algum modo vou voltar pra você
A névoa lentamente se está levantando
Eu já posso ver o caminho adiante
E deixei para trás os caminhos vazios
Que algum dia inspiraram minha vida
E a força da emoção
É como um trovão retumbando no ar
Porque as promessas que fizemos um ao outro
Me perseguem sem descanso
Eu sei que você está aí em algum lugar
Em algum, algum lugar
Eu sei que você está aí em algum lugar
Em algum lugar escuta a minha voz
Sei que de algum modo vou te encontrar
De algum modo, algum modo
Sei que de algum modo vou te encontrar
E que de algum modo vou voltar pra você
O segredo da tua beleza
E o mistério da tua alma
É o que tenho buscado em cada pessoa que encontro
E as vezes que tenho errado
Enquanto cresce a grama
Por debaixo de nossos pés
Sei que você está aí em algum lugar
Em algum, algum lugar
Sei que você está aí em algum lugar
Em algum lugar você poderá ouvir a minha voz
Sei que de algum modo vou te encontrar
De algum, algum modo
Sei que de algum modo vou te encontrar
E que de algum modo vou voltar pra você outra vez
Das palavras que eu me lembro
De minha meninice é ainda verdade
Que não há cegueira maior
Que aquelas que não veremos jamais
E para aqueles que perderam a coragem
E dizem que é perigoso tentar
Bem, é porque simplesmente não sabem
Que o amor eterno não se pode negar
Sei que você está aí em algum lugar
Em algum, algum lugar
Sei que você está aí em algum lugar
Em algum lugar você poderá ouvir minha voz
Sei que de algum modo vou te encontrar
De algum, algum modo
Sei que de algum modo vou te encontrar
E de algum modo vou voltar pra você
Eu sei, sei que isso vai acontecer
Sinto você se aproximar
E logo estaremos de volta
Para a fonte da nossa juventude
E se você se despertar assustada
Eu estarei na escuridão junto a você
Te abraçarei
bem forte
Para protegê-la com sinceridade
Sei que você está aí em algum lugar
Em algum, algum lugar
Sei que você está aí em algum lugar
Em algum lugar você poderá ouvir minha voz
Sei que de algum modo vou te encontrar
De algum, algum modo
Sei que de algum modo vou te encontrar
E que de algum modo vou voltar outra vez pra você.
(Traduzido por Marley Brasil Legaz)